Gordon, depressao extra-tropical.
Açores: Furacão Gordon perdeu força e causou poucos danos O furacão Gordon, que diminuiu de intensidade para depressão extra-tropical, passou hoje pelo arquipélago dos Açores já com pouca força e provocou apenas alguns cortes de energia e derrubes de árvores nas ilhas de S. Miguel e Santa Maria. O fenómeno meteorológico Gordon também alterou a sua trajectória para sul, não atingindo os grupos Ocidental e Central com a intensidade que se previa.
2 comentários:
Planeta que chora
Luiz Domingos de Luna
www.meninodeusaurora.com.br
Reflito sobre a vida
sobre o mundo rotativo
do universo exuberante
da beleza do ser pensante
do mundo mágico criativo
É o solo, é a existência roída
de um planeta que chora, exaurido.
De uma fumaça de gás cumprimido
De um berço que faz sentido.
De uma paisagem destruida
que teimo em desfrutar
a reta um ponto vai ficar
o fim, o começo a externar
O espaço a gritar
O ambiente somente?
A água ?
A selva?
O mar ?
E nós humanos ?
O planeta chora
A inteligência ignora?
Onde iremos morar?
sem terra, sem piso, sem ar
sem fogo, sem água, sem mar?
por que a poluição ?
o farelo da destruição
O lixo cultural ?
O rio é um esgoto
O mar está morto
O ar é aborto
de quem quer abortar,
assim, volto ao pó
não tem reciclagem
é uma viagem,
mas viajo só?
Planeta grão, para
Luiz Domingos de Luna*
Outro dia, eu peguei minha luneta, me afastei bem da terra e fui olhar como é que isto funciona, olhei as cidades, cada uma com seu lindo cemitério, os túmulos bem esculpidos, tudo iluminado
- Será que eles amam o mistério ? Olhei bem os espigões verticais, pareciam latas, as pessoas entravam sorridentes nas latas – Seres humanos enlatados ?
Ao focar as ruas era um rio em movimento, um rio cheio de automóveis, tinha até os ruídos das cachoeiras, as buzinas ao som de apitos que não paravam mais. Será que eles amam o barulho ?
Coloquei uma nova objetiva e vi uma multidão entrando, casas, cubículos, celas – Será que eles amam a prisão ?
Ao girar a luneta, um novo mundo uma orla marítima cheia de humanos, trajes bem economizados, muita onda, muita prancha muito surf - Será que eles amam a liberdade ?
E ali, bem em frente um parque, cheios de bocas redondas, as bocas sempre a soltar um hálito sulfuroso em forma gasoso - Seria um parque industrial, pelo jeito sim, pois é uma entrada e saída de automóveis que não para nunca – Será que eles amam o movimento ?
Ali é um baile, não tenho dúvida, ali é um baile todos com seus corpos untados em movimentos ao som de músicas continuadas, corpos que se juntam e se deslocam em questão de segundos, um ritmo bem cadenciado numa cola que une e separa ao som da harmonia ou desarmonia do choque sonoro – Será que eles se amam entre si ?
Ai, bem ai, agora sim, encontrei uma fábrica, uma linda fábrica, tudo bem estruturado, higiênica inclusive, uma fabrica que não produz fumaça, dá muitos empregos, esquenta a economia, dá luz ao progresso, determina o que é um pais desenvolvido ou não, é base que dá sustentação ao que é, e o que não é poder, é uma maravilha da criação humana, obra prima, o poder da inteligência concentrada dos inteligíveis em projeção, um show vivo e imperdível no palco da existência dos seres humanos.
Uma linda fábrica de mísseis da última geração, não erra o alvo nunca, pronto para destruir tudo a sua frente, um britador, um demolidor, esperando somente à hora para atacar o inimigo -Que inimigo /eu/. não, - Outros seres humanos. - Será que eles amam a vida ou a morte. - Não sei !
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(* ) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora.
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