A grande cheia de 2005, na Índia, os tristes episódios de inundações da Europa e da América do Norte, as secas extremas na África, Darfur e Níger, o Lago Chad, que a partir de 1973 secou até quase desaparecer, são marcas que claramente evidenciam o poder da Natureza ao responder às agressões ambientais.
Ao longo dos anos, foi feita uma medição do dióxido de carbono na atmosfera e foi possível observar, através de um gráfico, que os valores de dióxido de carbono aumentavam cada vez mais com o passar do tempo e, curiosamente apresentavam oscilações no Hemisfério Norte no Verão: mais vegetação, logo mais plantas que absorvem o dióxido de carbono e no Inverno: há mais dióxido de carbono visto que as plantas caem, libertando-o.
Está cientificamente provado que a emissão de gases para a atmosfera como por exemplo o dióxido de carbono, o dióxido de Enxofre, o óxido de azoto e, principalmente, os CFC (Clorofluorocarbonetos) é causado pelo ser humano e tem aumentado ao longo do tempo.
O que acontece é que as grandes quantidades de dióxido de carbono enviadas para a atmosfera aumentam a temperatura à face da Terra já que estes gases retêm o calor – efeito de estufa, levando a um aquecimento global. Analisando os gráficos da temperatura e do dióxido de carbono, podemos concluir que encaixam perfeitamente, ou seja, o aumento de dióxido de carbono leva a um aumento da temperatura e, consequentemente, uma diminuição do dióxido de carbono leva a uma diminuição da temperatura.
O efeito de estufa não só é causado pela emissão de gases, como também pelas partículas finas, que retêm o calor.
A existência da atmosfera no nosso Planeta é essencial e esta, apesar de ser tão fina, nos últimos tempos, a sua espessura tem vindo a aumentar. Os raios solares incidem na Terra e são reflectidos raios infravermelhos. Havendo uma maior espessura da camada da atmosfera, esses raios ficam retidos na mesma, fazendo mais calor.
Por estas razões, há um aquecimento global que tem várias consequências:
Degelo das calotes polares, o que leva a uma falta de água doce na população (ex.: Argentina, Peru, Alpes), à subida do nível médio das águas do mar (podendo haver inundações e a costa ficar submersa) e à alteração da temperatura da água em todo o planeta.
Vagas de Calor (ex.: Europa, Índia, EUA)
Maior temperatura na origem de fortes tempestades, furacões, tornados (ex.: EUA, Japão), havendo destruição, mortes, refugiados
Evaporação (nos oceanos e continentes) – quando a temperatura da água aumenta, aumenta também a velocidade do vento e há mais evaporação.
Diminuição da espessura dos glaciares
Água absorve 90% da radiação e aquece e o gelo reflecte 90% da radiação e derrete
Ecossistemas desequilibrados e condições de vida do Planeta afectadas: falta de alimentos, muitas extinções, alterações dos ciclos reprodutivos dos seres vivos, branqueamento dos corais, novas doenças – insectos, parasitas, vírus, etc. e falta de habitats (ex.: O urso Polar que sem gelo, afogar-se-á)
O ciclo das correntes marítimas é afectado, podendo ser alterado
Por vezes, pensa-se que a Terra é tão grande que não pode ser afectada pelo aquecimento global assim tão rapidamente mas, neste momento, isso não é verdade.
O Ozono é um gás que existe nas zonas mais altas da atmosfera, formando uma camada muito importante, pois absorve parte da radiação ultravioleta vinda do Sol e evita que esta chegue em grandes quantidades à superfície Terrestre. Nos últimos anos tem-se verificado uma diminuição progressiva da camada de Ozono, acentuando-se a destruição do buraco de Ozono. Os CFC, libertados através do uso de sprays e dos frigoríficos, são os principais responsáveis por esta destruição, para além da poluição evidentemente.
Se a camada de Ozono continuar a diminuir à superfície terrestre, poderão chegar níveis elevados e perigosos da radiação ultravioleta, provocando efeitos negativos nas culturas agrícolas e queimaduras graves em alguns seres vivos (ex.: cancro de pele no ser humano.
É verdade que a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem subido muito e a previsão para os próximos 50 anos não é nada agradável, podendo haver uma subida muito drástica e, consequentemente, temperaturas elevadíssimas.
Se a temperatura aumentar 2.5 ºC no global, em algumas regiões a temperatura vai aumentar drasticamente e noutras não aumentará muito.
Nas regiões polares pode aumentar 6º C e nas regiões equatoriais pode aumentar apenas 0.5ºC.
Há estudos que provam que as calotes polares desapareceram. O nosso planeta está a caminhar para nunca mais haver eras glaciares (correspondem à queda da temperatura quando há uma diminuição de dióxido de carbono). Daqui a algum tempo, podemos deixar de respirar ar puro.
Todos estes problemas afectam inteiramente a população, podendo esta vir a diminuir face aos problemas respiratórios, às novas doenças, à incapacidade de adaptação a um novo clima, às mortes causadas pelas catástrofes naturais, etc.
Claro que, cada vez mais, as pessoas vão tomando consciência, tendo novas atitudes e o governo vai tomando novas medidas para a redução da emissão de gases, de maneira a que se possa evitar que aconteçam tais situações previstas. Há valores das emissões de GEE (gases com efeito de estufa) estipulados, mas nem sempre são cumpridos. Cada país tem a sua política e cada política tem a sua maneira de pensar e tentar resolver os problemas ambientais. Mas estas medidas nem sempre são suficientes para não afectar a Natureza e impedir as agressões ambientais e, como tal é necessário a colaboração e ajuda de cada cidadão.
Criar mais espaços verdes, plantar mais árvores de folha permanente, fazer mais campanhas de sensibilização, não destruir espaços verdes para construção, aumentar os transportes públicos e utilizá-los mais, investir em energias renováveis e cumprir com os valores das emissões de GEE estipulados são alguns pequenos gestos que podem favorecer a Natureza e, deste modo, evitar quaisquer problemas futuros.